Baralho de 26 cartas pretende ajudar a ler e escrever quem tem mais dificuldades em aprender.
Uma mistura de fonética, braille, língua gestual e alfabeto num baralho de cartas inovador. De uma forma resumida pode descrever-se assim o projeto vencedor, deste ano, do Prémio Maria José Nogueira Pinto em Responsabilidade Social.
O projeto EKUI é na prática um baralho de 26 cartas com as letras do alfabeto, mas também a respetiva letra em braille tátil e visual; o alfabeto da língua gestual portuguesa; e o alfabeto fonético.
O objetivo do EKUI é, de uma forma mais fácil, alfabetizar e reabilitar pessoas com dificuldades de aprendizagem, tenham ou não necessidades especiais, travando os efeitos do analfabetismo, doenças ou deficiências.
De início, este baralho de cartas começou a ser dado a crianças com deficiência, mas, aos poucos, foi cada vez mais sendo usado com todas as criancas, acelerando as aprendizagem e dando logo ideia aos mais pequenos de que existem pessoas diferentes.
Desde que foi lançado, em 2015, o EKUI já contribuiu para a alfabetização de duas mil crianças do pré-escolar e do 1.º Ciclo do Ensino Básico, chegando a 30 mil crianças e adultos através de diferentes atividades, como formação de professores, terapeutas e educadores e rastreios nas escolas.
O dinheiro do prémio – 10 mil euros – será usado para desenvolver uma aplicação para o telemóvel e de tutoriais digitais.